Anciãos para o Desenvolvimento

Este ano eu, juntamente com a Concha, Mariana, Ana Melo e Castro, Jorge Cardoso, Fernando sj, e muitos outros, comemoramos 10 anos que partimos em Missão. Por mais tempo que passe jamais deixo de sentir este marco da minha vida. Tal como o ciclo normal de um dia, na minha vida também existe um a.m. e um p.m. (a.m. - antes de Moçambique; p.m. - pós Moçambique). Viver/estar em Missão torna-nos inevitavelmente melhores. Aprendemos a Ser mais de Deus... a Ser mais para Deus. Vemos e sentimos Deus em sorrisos de crianças, em campaínhas de bicicletas em pôr-de-sóis desconcertantes que nos embrulham no divino e desafiam os nossos conceitos de cor. Tocamos em Deus no meio dos muitos silêncios que escutamos. Partilhamos Deus em momentos de oração que ficam gravados na nossa memória para sempre-a luz da capela, o lugar ocupado por cada um, a forma como cada um se sentava, o lugar da Cruz na capela-tudo está vivo na minha memória. Vivo com o receio de viver agarrado a isto... Da memória ser mais do que memória... Não me engano ao dizer que todos sentem que o maior desafio é cá, no depois. Acima de tudo, a formação LD é para a vida... Mais do que futuros LD a formação é para futuros AD. O grande e maior desafio é sermos Anciãos para o Desenvolvimento.

2 comentários:

Anónimo disse...

JP ainda podes lá voltar... estais muito a tempo! Ainda por cima há poucos formandos este ano:)

Sinceramente não gosto do termo ancião. Acho que no percurso do desenvolvimento somos eternamente aprendizes e nunca anciãos.

A imagem que guardo do ancião é do velho sentado a contar histórias e a contribuir para os outros com os conhecimentos da vida!

Mas concordo contigo, aqui é mais difícil viver o presente. Vivemos um efémero momentâneo. O passado é coisa ultrapassada e o futuro será fabuloso, a vida vai sempre para melhor... vivemos ansiosos por um futuro, convencidos que esse futuro é certo e sempre melhor. Com isso não damos lugar ao presente... Em missão vive-se mais isso. É giro que em missão a resposta é muitas vezes "ainda não" e isso não perturba nem cansa a espera... vive-se e cria-se para mais tarde haver o "agora sim"... E entre vários aindas há sempre tempo para o agora...

Anónimo disse...

Dez anos? Mas continuas um jovem, padrinho! Um exemplo e um dos "culpados" por, também eu, ter partido!! Abraço grande
Diogo Carneiro

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